sexta-feira, 16 de março de 2012

Madrid Fusión e o exemplo coreano

Do congresso gastronômico Madrid Fusión, voltei com a certeza de que o Brasil tem que caminhar muito na direção da internacionalização de sua cozinha. Digo isso, com base no trabalho desenvolvido pelo país convidado para essa edição do congresso: a Coreia do Sul. Este ano, a Korean Food Foundation, uma instituição privada totalmente custeada pelo governo, publicou cinco guias turísticos com uma lista de restaurantes coreanos situados em 36 países europeus. Com o objetivo de promover a cultura culinária coreana e apoiar a globalização de seus produtos, os guias foram publicados em nove idiomas.

Enquanto a Korean Food Foundation distribui seus guias, os poucos restaurantes brasileiros na Europa carregam uma imagem “caricata e exótica”, segundo reportagem publicada em junho de 2011, no jornal Folha de São Paulo. Além da dificuldade de esses restaurantes construir a real imagem da gastronomia brasileira, há um total esquecimento do governo nacional. Fato ressaltado, durante outro congresso gastronômico espanhol, o San Sebastian Gastronomika, em novembro de 2011, por Alex Atala (proprietário do D.O.M, em São Paulo, que na reconhecida lista San Pellegrino dos 50 melhores restaurantes do mundo está na 7ª posição).

Além do trabalho desenvolvido pela Korean Food Foundation, meu próprio espanto com um congresso do porte de Madrid Fusión, mostra a falta de organização do segmento gastronômico no meu país. Meu espanto foi porque, mesmo escrevendo sobre gastronomia na terceira cidade mais importante do Brasil, nunca havia estado em um congresso gastronômico de tal porte. Por que nunca fui? Simplesmente, porque não existe por lá.



Korean Food Foundation Presents Angelo Sosa Goes Korean Party


http://www.youtube.com/watch?v=Y2mrAKFbMIc&feature=player_embedded

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